"O cérebro médio é naturalmente preguiçoso e tende sempre a escolher o caminho onde encontra menor resistência. O mundo mental do homem médio consiste de credos que ele aceitou sem questionar e aos quais ele está firmemente fixado. Ele é instintivamente hostil a qualquer coisa que ameaçar a estabilidade do mundo que lhe é familiar. Uma nova ideia, inconsistente com seus credos, representa a necessidade de rearranjar a mente e esse processo é trabalhoso, requer um gasto doloroso de energia mental. Para ele e seus amigos, que formam a grande maioria, novas ideias e opiniões que causem dúvidas nos credos e instituições estabelecidas, parecem malignas, pois são desagradáveis."

Se eu sou esse homem médio, e tenho poder, fico tentado a não permitir que ideias que considero malignas e desagradáveis sejam expressas. E para isso posso lançar mão do conceito do “bem comum”, “da proteção aos mais fracos, pobres e desamparados”, “da sobrevivência da humanidade” e tantos outros argumentos lindos, imbatíveis, que se tornam pretextos para verdadeiros crimes contra as liberdades individuais.

Escolha um tema quente, dê sua opinião e em seguida olhe em volta pra ver quanta gente altruísta e bondosa assanhada para cassar a sua liberdade de manifestar a discordância.

Essa gente tem medo de suas ideias. Você sabe o que isso significa, hein? Que temas importantes que deveriam estar sendo discutidos, analisados e compreendidos, não estão.

Ah, o texto que eu usei na abertura deste podcast é de autoria do historiador e filólogo irlandês John Bagnell Bury num livro precioso chamado A HISTÓRIA DA LIBERDADE DE PENSAMENTO, escrito em 1914.

1914...

Não temos problemas novos.

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